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Nome:
História da Diocese de Portalegre - Castelo Branco
Sufragânea:
Lisboa
Nota histórica:
A antiga diocese de Portalegre foi criada pelo Papa Paulo III por bula papal, Pro Excellenti Apostolicae Sedis, a 21 de Agosto de 1549, devido ao desmembramento da diocese da Guarda. A ereção de Portalegre a sede de diocese levou D. João III a elevar Portalegre a cidade, por carta régia de 23 de Maio de 1550. A antiga diocese de Castelo Branco foi criada em 17 de Junho de 1771 por Clemente XIV a partir da diocese da Guarda. A nova diocese integra terras da diocese da Guarda, regiões de Castelo Branco e de Abrantes. D. José elevou Castelo Branco a cidade, por alvará de 20 de março e Carta Régia de 15 de Abril do mesmo ano, instituindo-se a matriz de São Miguel como catedral. A Santa Sé confirma a nomeação do primeiro bispo, D. José de Jesus Maria Caetano (1771-1782), dominicano, mestre em Teologia (professor dos filhos do marquês de Pombal). A diocese de Castelo Branco integrou-se na diocese de Portalegre a 30 de Agosto de 1881 sob o pontificado de Leão XIII com a carta apostólica Gravissimum Christi, e pelo Decreto Régio de 14 de Setembro de 1882, sob o pretexto de dificuldades económicas. A designação atual Portalegre-Castelo Branco data de 18 de Julho de 1956. A catedral de Portalegre foi construída no local onde se localizava a Igreja de Santa Maria do Castelo; a primeira pedra foi lançada no dia 14 de Maio de 1556 por D. Julião de Alva. Sem desvios da planta original, sofreu intervenções, sobretudo, nos séculos XVII e XVIII, em que alguns retábulos barrocos substituíram os retábulos primitivos. A Sé apresenta uma multiplicidade de formas de arte, ferro forjado (séc. XVII), azulejos (séc. XVIII) e um dos maiores conjuntos nacionais de pintura maneirista, de consagrados mestres nacionais e estrangeiros. O claustro foi edificado no século XVIII. Relativamente aos primórdios do bispado na diocese, o primeiro bispo de Portalegre foi D. Julião de Alva, um eclesiástico de origem espanhola que antes havia chefiado a diocese de Miranda do Douro. A 17 de Julho de 1560, foi substituído por D. André de Noronha. Seguiu-se D. Amador Arrais, autor dos famosos Diálogos, que resignou em 1582, retirando-se para Coimbra onde viria a falecer. Lopo Soares de Albergaria e Frei Manoel de Gouveia foram indicados para bispo, mas vieram a falecer antes de receberem as respetivas bulas papais. Em 1598, D. Diogo Correia, sobrinho do beato Bartolomeu dos Mártires, tornou-se bispo, deixando, por isso, Ceuta. Viria a falecer a 9 de Outubro de 1614. Entre os bispos portalegrenses durante o século XVII conta-se D. Richard Russell que recebeu a bula papal a 17 de Setembro de 1671, tendo sido transferido para a diocese de Viseu no mesmo ano. D. Gaudêncio José Pereira, natural da diocese de Viseu, foi nomeado Bispo por Leão XIII para a diocese de Portalegre, no dia 22 de Dezembro de 1887, vindo a tomar posse no ano seguinte. Para além da reforma do seminário diocesano e da reestruturação do território eclesiástico, desenvolveu uma extensa atividade pastoral, fazendo a transição do séc. XIX para o séc. XX. Em 1896, Leão XIII proclamou Santo António padroeiro da cidade e da diocese de Portalegre. A D. Gaudêncio José Pereira sucedeu D. António Moutinho, oriundo de Cabo Verde. Entrou na diocese a 15 de Dezembro de 1909, num período conturbado do ponto de vista político e religioso. Exilado do distrito, devido a perseguições e espoliações feitas à Igreja, governou a diocese a partir de Proença-a-Nova, onde esteve por dois anos, tendo regressado à diocese em 1914. O bispo e sua diocese sentiram toda a espécie de privações e dificuldades, agravadas sobretudo pela falta de clero e pela extinção do seminário. Sucedem-no D. Manuel da Conceição Santos (1916-1929), D. Domingos Maria Frutuoso (1921-1949), D. António Ferreira Gomes (1949-1942), D. Agostinho Joaquim Lopes de Moura (1953-1978) e D. Augusto César Alves Ferreira da Silva (1978-2004). Motivada pela falta de sacerdotes, a primeira ação pastoral em que a diocese se envolveu foi a criação do seminário e o empenho na formação do clero e dos movimentos apostólicos. Este empenho teve o seu apogeu com a inauguração do seminário do Imaculado de Maria em Portalegre, graças à dedicação de D. Agostinho de Moura. A restauração e ampliação do seminário de Alcains e a criação de cinco colégios diocesanos manifestaram a preocupação da diocese pela formação dos jovens. A Imprensa católica recebera também neste período um forte incremento com a fundação do Boletim da Diocese de Portalegre, em julho de 1916. A criação da revista diocesana «Flores do Santuário», a 7 de outubro de 1925, veio a substituir o anterior Boletim. O semanário do Distrito de Portalegre, fundado em 1884, passou a ser o órgão oficial da Ação Católica (que o mesmo é dizer, da diocese) em 1938. O Concílio Vaticano II teve uma forte repercussão na diocese, devido em parte à ação pastoral dos seus bispos: primeiro por D. Agostinho de Moura que participou no Concílio, onde teve três intervenções e integrou a Comissão Conciliar de Liturgia; depois por D. Augusto César que assumiu a renovação conciliar juntamente com os seminários e obra das vocações nas suas prioridades. A comemoração dos 450 anos da fundação da diocese (1549-1999) que terminou no ano 2000, despertara a consciência da diocese de que possui uma longa história de feição serena e construtiva. Com o pedido de resignação feito por D. Augusto César a João Paulo II, aceite em 22 de Abril de 2004, a Santa Sé nomeou para Bispo de Portalegre-Castelo Branco, D. José Francisco Sanches Alves, até então Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa. A entrada na Diocese e respetiva tomada de posse deu-se no dia 30 de Maio de 2004, Domingo de Pentecostes. Durante o tempo que esteve à frente da Diocese, deu um novo impulso aos serviços diocesanos e respetivos secretariados, atribuindo-lhes um espaço numa ala do Seminário; e reformulou os Arciprestados que de 14 passaram a 5. Em 8 de Setembro de 2008, D. Antonino Eugénio Fernandes Dias, até então Bispo Auxiliar de Braga, foi nomeado para Bispo de Portalegre-Castelo Branco, sendo o 30.º bispo à frente desta sede episcopal. O anterior prelado, D. José Alves, fora nomeado a 8 de Janeiro de 2008 para Arcebispo de Évora.