O território atual da diocese de Bragança-Miranda pertenceu à arquidiocese de Braga até 1545, exceto algumas áreas fronteiriças do norte que estiveram na dependência de Zamora até ao tratado de Alcanices de 1297. Em 22 de maio de 1545, pela Bula Pro excellenti Apostolicae Sedis, o Papa Paulo III, a pedido do Rei D. João III, criou a diocese de Miranda do Douro, constituída pelos arciprestados de Miranda do Douro, Bragança, Lampaças, Mirandela e Monforte. Dois séculos mais tarde, pela breve Pastoris Aeterni de 1770, o Papa Clemente XIV, a instâncias de D. José, desmembrou a Diocese em duas: a de Miranda, confinada ao arciprestado do mesmo nome, e a de Bragança, formada pelos quatro restantes. A divisão durou apenas dez anos. Em 1780, o Papa Pio VI, pela Bula Romanus Pontifex, reuniu as dioceses de Miranda e de Bragança numa só, com sede em Bragança. O vicariato de Moncorvo, correspondente em linhas gerais à bacia do Douro, continuou a pertencer à arquidiocese de Braga até fins do século XIX. Esta circunscrição eclesiástica foi integrada na diocese de Bragança-Miranda em 1881 pela Bula Gravissimum Christi do Papa Leão XIII no âmbito do reajustamento territorial das dioceses portuguesas efetuado nesse documento de acordo com o Governo. A delimitação atual da Diocese data de 1922, ano em que o Papa Pio XI, pela Bula Apostolicae Praedecessorum Nostrorum, criou a Diocese de Vila Real e incorporou nela as 19 paróquias do arciprestado de Monforte. A diocese de Bragança-Miranda passou então a coincidir com os limites do distrito de Bragança. A Diocese tem 6.599 km2 de superfície e registou uma população de 122.833 habitantes no censo de 2001. Por motivo da sua grande extensão territorial e tendo em conta os distintos condicionalismos históricos e geográficos, a Diocese foi dividida em quatro zonas pastorais: Bragança, Miranda do Douro, Mirandela e Moncorvo. A Diocese venera São Bento como padroeiro. O Dia da Diocese celebra-se a 22 de maio, data da sua fundação em 1545.
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